sábado, 19 de setembro de 2015 0 comments

Vaas Vase Vaas Vase

HUSBAND: - Are you going to bring a bone to Leo?
WIFE: - No
- Why not?
- Mommy doesn't like bones because Leão destroyed a [veɪs]...
- What?
- A  [veɪs]
- Ah, you mean  [ vɑːz]...
 [veɪs]
[ vɑːs]
[ vɑːz] is Dutch.
- No, it is English
- No, it is Dutch.
Husband looks on the internet:
- See, it is English
Wife looks on the internet:
- Ah... come on... it is Dutch.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015 1 comments

O papel do linguista na sociedade: a história de William Stokoe


No final do mês, participarei de um encontro sobre políticas linguísticas (cf. http://e-ipol.org/i-encontro-nacional-de-municipios-plurilingues-i-enmp/  ). Professora Tânia e eu apresentaremos um trabalho a respeito da Documentação linguística em políticas de formação intercultural de docentes indígenas em que defenderemos que a documentação linguística, embasada em análises descritivas, constitui importante ação de fortalecimento das línguas e dos povos minorizados.

Um caso bastante claro e famoso de contribuição da Linguística para fortalecimento de políticas públicas é representado pelo linguista americano Willam C. Stokoe, pioneiro nos estudos a respeito da línguas de sinais.

Antes dos trabalhos de Stokoe, a língua usada pelos surdos americanos era considerada um "código visual corrompido para o Inglês falado" ou, no máximo, uma “pantonímia elaborada”. Stokoe demonstrou que a ASL (a língua de sinais americana) era, na verdade, uma língua humana complexa assim como o Inglês ou o Português (cf. http://gupress.gallaudet.edu/stokoe.html). Vários estudos descritivos, em Fonologia, Morfologia e Sintaxe, corroboraram a tese de Stokoe. A partir desses estudos linguísticos, as línguas de sinais começaram a ser cada vez mais respeitadas. Educadores e fonoaudiólogos – que sempre insistiram em um ensino oralista – tiveram de reconhecer a importância das línguas de sinais. O surdo tornava-se livre para se comunicar em sua própria língua.

A relação entre linguística e lutas pelos surdos é tão clara que muitos dos nomes que se destacam nos movimentos políticos são linguistas. Basta citar a dedicação aos estudos linguísticos de pessoas muito respeitadas (e admiradas!), como Ronice Quadros Muller, Sandra Patrícia Nascimento, Shirley Vilhalva, Ana Regina Campello. Muitas dessas guerreiras começaram na Pedagogia, mas precisaram do suporte da linguística para fortalecer sua luta.

 
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