segunda-feira, 23 de janeiro de 2017 0 comments

A professora e o médico: duas visões sobre as cotas

Tânia Rezende, professora da UFG, tem uma maneira muito gostosa (e didática) de tratar de assuntos sérios. Como uma fantástica professora, ela ensina por meio do diálogo e da provação. Admiradora que sou da Tânia, não poderia deixar de compartilhar esse texto sobre as cotas:


Em mais uma, das muitas em mais de um ano (o acompanhamento é de 3 em 3 meses) consulta ao neurologista...
Já é lugar-comum, depois dos lugares-comuns de todo médico:
Neuro: você faz o quê?
Eu: sou professora.
Neuro: de quê?
Eu: de Portuguêis...
Neuro: Onde?
Eu: na UFG.
Neuro: (rindo) agora, vou te perguntar uma coisa e você vai ficar brava...
Eu: (rindo, pensando com meus botões: lá vem encheção de saco com Enem, estava perto da publicação do resultado).
Neuro: ...o que você acha do Enem? Não,,, Seja sincera...
Eu: ah...?! ar...
Neuro: ...é injusto, o Enem é muito injusto, você não acha? Você não acha que depois do Enem as pessoas estão falando muito mais errado? Tá todo mundo falando muito errado, você acha, me diz, você não acha?
Eu: (eu poderia fazer um patrulhamento na fala dele para exemplificar como, de fato, está todo mundo falando errado, mas preferi responder diferente) desculpa, eu discordo do senhor, as pessoas não estão falando nem mais nem menos errado que antes; o que ocorre é que as pessoas que falam diferente do padrão normatizador do bem falar do português agora estão mais visíveis e isso tem a ver com ações afirmativas e não com Enem.

Texto de Tania Ferreira Rezende, compartilhado no Facebook. 
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017 0 comments

Xingu: o clamor vem da floresta



Este samba enredo é para guardar para sempre, para voltar a ter esperança :)
 
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