terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Lições de 2011



Em 2011, eu chorei e fiz um drama nos momentos mais felizes da minha vida. Foram muitas conquistas, realizações de sonhos: o livro, a defesa, o concurso. Eu me angustiei com cada detalhe menos importante. É certo que alguns dos "detalhes" foram criados pelo cinismo e mau-caratismo de alguns, mas não valia a pena tanto stress.

Em 2011, eu quase não chorei nos momentos mais duros da vida. Não havia tempo para chorar, era preciso acordar cedo, dirigir uma hora até o hospital, voltar tarde. Às vezes, era preciso passar a noite aos sobressaltos, prestando atenção em cada movimento.

Nos primeiros dias, queríamos nos revoltar: "Que Deus era aquele de que a mamãe tanto falava?" Com o passar dos dias, vimos que não estávamos sozinhos, que outros netos, filhos, pais, irmãos passavam por momentos semelhantes.

Houve dias que eu me irritei profundamente com crentes que vendiam a cura como se o doente fosse algum tipo de criminoso, infiel. Outros dias, gostaria de ter mais fé. E como doía o entendimento de que a oração mais importante, pedia apenas que aceitássemos um futuro que nem sempre era o que desejávamos: "Seja feita a vossa vontade".

E, sim, em 2011 reapreendi a rezar. Aprendi que rezar é uma forma de desejar o bem, de conectar as pessoas, de mesmo de longe concentrar todas as forças para que alguém se recupere. 2012 começa com uma oração por uma família que precisa de todo o apoio e fé.

2 comentários:

Aline da Cruz disse...

Um colega acabou de postar: "It's in the moments where we have to be like gods that we realize how human we really are."

Eliana disse...

Oi minha linda,
Difícil a gente crescer né?Quando achamos que um grande passo foi dado,para tudo... e...começa tudo novamente.Quando li seu post sobre sua avó não respondi porque a minha se foi há 23 anos e ainda sinto sua falta.Apesar de "presente" em mim,não a toco,não tenho mais seu apoio e,se tive mãe,foi ela.Então,o que te dizer?Não dá pra ter tudo,a cada conquista,muitas perdas e descobrimos que somos um nadinha.Tanta luta,tanto esforço e continuamos,continuamos.Como diz o dr Dráuzio Varella,é uma "sociedade do conforto",não precisamos caçar e nem lutar com um invasor para sobreviver ,mas sentimos e pensamos e criamos neuroses e "problemas modernos",completamos a existência com atividades e atitudes que ainda não "dominamos",é complicado.Fazer o que?Viver,é que é preciso.Beijos e muita luz

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