Há cerca de seis ou sete anos, uma jovem amazonense formada na UFAM se propôs a estudar uma língua indígena de sua terra. Com o apoio do Prof. Stefanni, a garota escreveu um projeto e enviou para universidades públicas do norte. Apenas por desencargo de consciência enviou também para a UNICAMP.
Por ironia, as universidades do norte não estavam interessadas nessas tais de línguas da terra. E foi a conceituadíssima UNICAMP que aceitou a jovem. A garota vendeu um fusca velho e foi em busca de um sonho. O marido a apoiou na decisão e a filhinha foi junto.
Muito estudo, rendeu-lhe uma análise fonológica e agora a Doutora Raynice descreveu a morfologia e a sintaxe dos Sateré. Na platéia, estavam o marido e as crianças, claro. O melhor de tudo é que ela agora é professora da UFAM e poderá orientar outras 'raynices, frantomés, ana carlas' amazônicas a estudar as línguas de suas terras.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Diário amazonense,
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Uma guerreira no estudo do Sateré
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